quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Etnopesquisa Crítica

Etnopesquisa Crítica

A etnopesquisa não seria outra coisa senão uma pesquisa ao mesmo tempo enraizada no sujeito observador e no sujeito observado. Enraizada no sentido etnológico, o de dar conta das raízes, das ligações que dão sentido tanto a um quanto a outro. Para tanto, é necessário, por parte do pesquisador, ousadia para autorizar por caminhos metodológicos não convencionais com o objetivo de apreender a complexidade e as filigranas próprias de cada sujeito singular, tanto do pesquisador quanto do sujeito pesquisado e de seus entornos (BARBOSA, apud MACEDO, 2000, p. 24).
Macedo (2000) enfatiza que a etnopesquisa crítica não é uma tentativa de receita universal para se fazer pesquisa, mas uma construção epistemológica que advém das noções de complexidade de Edgar Morin e da abordagem multirreferencial de Jacques Ardoino. Nesta perspectiva, abre-se um leque de alternativas epistêmicas que pode contribuir para o rompimento com propostas prontas e fechadas do ponto de vista teórico-metodológico. Desta forma, o objetivo da abordagem em discussão é proporcionar aos educadores uma postura metodológica plural, menos rígida e fixa em procedimentos únicos já consagrados; enfim, o exercício epistemológico pertinente e relevante da etnopesquisa crítica.

Fonte: https://www.metodista.br/revistas/revistas-ims/index.php/EL/article/viewFile/117/127

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